sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

MARILYN MONROE, A SEX SYMBOLS QUE PERSONIFICOU O GLAMOUR HOLLYWOODIANO


Por Altamir Pinheiro
Em uma época emblemática em relação às atitudes envolvendo sexualidade, a atriz e modelo coroada de fama, MARILYN MONROE, tornou-se um dos SEX SYMBOLS mais populares da década de 1950. A “loira burra”, como era taxada,  teria hoje 90 anos se não tivesse ido para o além com apenas 36 anos de idade, quando naquele dia fúnebre em 5 de agosto de 1962, quem governava os Estados Unidos era nada mais nada menos que  John Fitzgerald Kennedy, que veio a morrer assassinado um ano depois. Aliás, diga-se de passagem,  duas mortes que se tornaram em  enigmas para a CIA,  FBI e todo o Serviço Secreto de Inteligência Militar  Norte-americano.
Seu nome verdadeiro era Norma Jeane Mortensen. Devido às internações de sua mãe por problemas psicológicos, NORMA JEANE passou grande parte de sua infância em casas de família e orfanatos até que, em 1942,  casou-se aos 15 anos com James Dougherty de 21, casamento que durou apenas 4 anos. A estrela, que deixou o mundo aos 36 anos, simbolizou e encantou através do seu charme o cinema mundial   dos anos 50. Sua aparente vulnerabilidade e inocência, junto com sua inata sensualidade, a tornaram uma das mulheres mais desejadas do século 20...
Pois bem!!! Logo após, na pindaíba, a loira endiabrada adotou então o nome de Marilyn Monroe e tingiu o cabelo de loiro para mudar o visual. Em 1949, sem dinheiro, concordou em posar nua para um calendário. O sucesso foi tão grande que ela acabou ilustrando a PRIMEIRA CAPA DA REVISTA PLAYBOY EM 1953. Em 14 de janeiro de1954, Marilyn se casou com o ex-jogador de beisebol Joe Di Maggio, uma lenda do esporte nos Estados Unidos. Durante sua lua de mel, em Tóquio, Marilyn fez uma performance para os militares que estavam servindo na Coreia. Joe, ciumento, não aguentou a exposição da esposa. Nove meses depois, em outubro de 1954, veio o divórcio. Em 1956, a atriz se casou com o dramaturgo Arthur Miller.
Fez seu primeiro papel de destaque em 1951, no filme "O Segredo das Viúvas". No ano seguinte, participou de "O Inventor da Mocidade". Seu nome começou a atrair multidões aos cinemas. Foi assim em "Como Agarrar um Milionário" (1953), "Os Homens Preferem as Loiras" (1953), "O Pecado Mora ao Lado" (1955) e "Quanto Mais Quente Melhor" (1959) - este, com direção de Billy Wilder, foi considerado "A MELHOR COMÉDIA DE TODOS OS TEMPOS". Nele a atriz atuou ao lado de  TONY CURTIS e JACK LEMMON. Este filme é muito divertido, passa uma energia contagiante, uma comédia leve, sagaz e acima de tudo, engraçada. Só por ter a icônica Marilyn Monroe já ganha vários pontos. É incrível como ela consegue iluminar cada cena em que aparece. Recomendo o filme,  QUANTO MAIS QUENTE MELHOR, realmente uma grande fita!!!
No tocante às películas de faroestes Marilyn Monroe protagonizou com Bob Mitchum um dos mais belos títulos de filmes. Ou seja, “O RIO DAS ALMAS PERDIDAS”. Foi um dos grandes sucessos de bilheteria de 1954 e certamente o público lotava os cinemas era para ver Marilyn Monroe e não Bob Mitchum. É um faroeste lindíssimo, fotografado num cenário mágico, com paisagens de uma beleza extasiante, onde o rio  é o cenário dominante. O elenco é ótimo e a paisagem é de sonho.
Falando-se de sua vida conturbada, uma das mais célebres performances de Marilyn foi cantar "PARABÉNS A VOCÊ", de maneira sensualíssima com o vestido altamente decotado e sem sutiã,  para o presidente americano John Fitzgerald Kennedy, no luxuoso ambiente do  Madison Square Garden de Nova York no dia 29 de maio de 1962. Há quem diga que, DEPOIS QUE DEUS FEZ ESTA MULHER, JOGOU A FÔRMA FORA. O evento reforçou os rumores de que ambos teriam sido amantes. O fato é que, quatro meses depois do episódio, Marilyn foi encontrada morta, segurando o telefone, ao lado de um vidro de barbitúricos. A hipótese de seu envolvimento amoroso com o presidente Kennedy e seu irmão Robert ganhou força, quando encontraram sua casa vasculhada - supostamente por agentes do FBI -, antes da chegada da polícia, no dia de sua morte
É interessante como às vezes a gente quer que nossos astros e estrelas sejam pessoas perfeitas, que os vemos como deuses ou deusas, como especiais, que os enxergamos com olhos outros, mas apesar da fama e da riqueza, na verdade, não passam de pessoas normais e com todos os defeitos e virtudes que NÓS, do lado de cá da tela. Como é o caso específico da  POBRE LOURA MONROE, lutou muito e  buscou a vida inteira respeito como atriz e a todo custo ter  um filho. Alguém ligada a ela  já  descreveu sobre sua morte dizendo mais ou menos assim: "Morreu solitária, nua, na cama, tentando alcançar o telefone. O MUNDO NÃO CHEGOU A OUVIR O SEU PEDIDO DE SOCORRO"...
CLIC logo abaixo para você, leitor deste blog, acompanhar durante 46 minutos, passo a passo a misteriosa e emblemática morte de Marilyn Monroe, que através de  um documento inédito  da DISCOVERY conseguiu  reescrever a história. VALE A PENA!!! MUITO BOM!!! CLIC!!!

https://www.youtube.com/watch?v=Rae70schd7Q

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

A DIVINA E MARAVILHOSA CLAUDIA CARDINALE


Por Altamir Pinheiro

A tunisiana CLAUDIA CARDINALE, com nacionalidade italiana, que está beirando a casa dos 80 anos, é considerada uma das mulheres mais belas do mundo, já apareceu na capa de mais de 900 revistas, espalhadas em 25 países. Poliglota, Claudia Cardinale fala fluentemente italiano, francês, inglês, espanhol e árabe. Dona de beleza lendária, Cardinale  tornou-se numa das mulheres mais desejadas do mundo na década de 1960. No ano de 2012, Cardinale esteve no Brasil e numa conversa informal com o cineasta Rubens Ewald Filho, atriz italiana, musa do cinema mundial, recordou seus filmes e ao comentar por que nunca topou tirar a roupa em cena foi lacônica: "Não queria vender meu corpo", afirma Claudia Cardinale sobre o  "NÃO" a nudez. Além de ter trabalhado com o diretor Sergio Leone  em "Era Uma Vez no Oeste", ao contracenar com Charles Bronson,  seu grande mestre foi  Federico Fellini, com quem Cardinale trabalhou no filme  "8 e meio" (1963-vencedor de dois Oscars), contracenando com Marcello Mastroianni.

No Brasil, há 50 anos, Cardinale filmou  a chanchada "Uma Rosa para Todos" (1967), rodada no Rio de Janeiro com estrangeiros se fazendo passar por cariocas, ela  interpretava uma brasileira sambista, que tinha vários namorados no mesmo dia. O filme  UNA ROSA PER TUTTI(Una Rosa  para Todos) tem as participações especiais dos atores brasileiros, José  Lewgoy e Grande Otelo e ainda uma canja musical do mestre João Gilberto. Em que pese, mesmo na praia, ela não mostrar sua nudez, mas apresenta seu corpo sem photoshop em toda sua plenitude com uma performance exuberante. Em termos de boniteza e corpo, ela está acima da média e sem comparação com qualquer outra. Cardinale, além de linda é uma mulher dotada de diversos apetrechos físicos que é  da baba descer, e que, lamentavelmente, em plena praia de Copacabana, esconde tudo àquilo e  deixa a ala masculina chupando dedo...

Conforme costuma afirmar o cinéfilo paulista  Darci Fonseca, os produtores de Hollywood gostavam de reunir dois grandes astros em um western. Era quase certeza de lucro enorme ter no mesmo faroeste Gary Cooper-Burt Lancaster /  -  Kirk Douglas-John Wayne / -  John Wayne-James Stewart /  - Lee Van Cleef- Clint Eastwood. Pois bem,  os europeus, que também gostavam de fazer seus faroestes macarrônicos, tentaram essa fórmula reunindo dois grandes nomes de bilheteria, só que ao invés de dois astros reuniram duas grandes estrelas em westerns-spaghettini com a estonteante  Brigitte Bardot em dupla com  a maravilhosa  CLAUDIA CARDINALE. O faroeste foi AS PETROLEIRAS(1971). Imaginem Cláudia Cardinale brigando com BB para ver qual delas seduz mais a plateia masculina... Lembramos desses faroestes para mostrar aos radicais que torcem o nariz para os westerns-spaghetti, que alguns deles valem (e muito) à pena serem assistidos. No caso de BB e La Cardinale, menos pelos filmes em si e mais por essas divas que bem poderiam ter feito muitos westerns mais para alegria dos westernmaníacos cansados de olhar para a carranca de John Wayne.

Claudia Cardinale, nascida Claude Josephine Rose Cardin, já esteve no Brasil um sem número de vezes, inclusive para filmagens. Em 1967, gravou em favelas do Rio o filme “UMA ROSA PARA TODOS”. No início da década de 1980, foi para a Amazônia filmar “FITZCARRALDO”, do alemão Werner Herzog. Os cabelos longos e negros, os seios fartos, o olhar sexy e o sorriso de menina não nublaram o talento de Claudia, a ponto de a atriz francesa Brigitte Bardot, musa do cinema nas décadas de 1950 e 1960, afirmar: “Eu já sei quem está destinada a tomar o meu lugar. Só pode ser uma e somente uma. Afinal, depois do BB vem o CC, não?” Com um detalhe: nunca tirou a roupa, na tela ou fora dela. Quase oitentona, Cardinale continua  Fã de Fórmula 1 e futebol, afinal é italiana.

No cinema, a moda dos seios grandes é mais antiga do que se imagina. Na Guerra dos Seios no Cinema Italiano, de Gina Lollobrigida  à  Sophia Loren, passando por Claudia Cardinale, o FRENESI mamário talvez seja o símbolo maior da derrota do cérebro feminino frente aos fetiches do patriarcado que ainda as domina. O cineasta brasileiro Glauber Rocha ressaltou com alguma ironia: “O Neo-Realismo lançou super mulheres como Sophia Loren, Gina Lollobrigida, Monica Vitti, Claudia Cardinale, e outras que fizeram da Itália o melhor mercado turístico”. No auge da feminilidade, no campo específico dos atributos femininos, os fãs italianos se contentavam com uma Cardinale idealizada, mulher  doce,  de cabelos marrons e beleza de pele escura.  Já  os estrangeiros   eram   mais  diretos,  queriam  ver  seu  corpo  nu...

Como afirmam os EXPERT da moda e da beleza ou quando se falam  em atrizes e estrelas cinematográficas,  o rosto continuará sendo o ponto central de nossos olhares. Entretanto, para o bem e para o mal, outras partes do corpo estão sendo valorizadas. A preferência das décadas de 50 e 60, tendência que parece estar voltando, eram os seios. Por outro lado, essa parte do corpo já possuía uma longa tradição de importância nas sociedades europeias. No cinema italiano ou na sociedade em geral, no que se refere aos  seios avantajados como era o caso da baixinha Gina Lollobrígida parece estar voltando à moda sob o patrocínio da cirurgia plástica. De resto atentem  para o vídeo logo abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=62RbzLvHIXo


quarta-feira, 29 de novembro de 2017

HÁ QUEM DIGA QUE O ATOR JAMES STEWART NAMORAVA O COLEGA HENRY FONDA...

JAMES STEWART e  HENRY FONDA (barbudo à  esquerda)

Por Altamir Pinheiro

Por ser possuidor de um caráter íntegro, James Stewart transformou-se num baita de um ator inesquecível ou memorável que foi reconduzido na personificação do herói nacional norte-americano em filmes como A Felicidade Não se Compra (1946) ou A Águia Solitária (1957). Suas interpretações foram sempre marcadas pelo personagem desajeitado e pelo modo de falar inseguro. As colaborações com o diretor Alfred Hitchcock reforçaram a sua identificação com o modelo de norte-americano médio, de perfil simples e de enorme caráter, especialmente em Janela Indiscreta (1954) e Um Corpo que Cai (1958). STEWART NUNCA INTERPRETOU PAPÉIS DE VILÃO, nem sequer nos muitos westerns que protagonizou como o espetacular filme,  O Homem que Matou o Facínora (1961), ao lado do Papa dos filmes de faroestes,  John Wayne.

Pois bem!!! O presidente americano Harry Truman costumava dizer que, se um dia tivesse um filho, queria que ele fosse como o ator James Stewart (1908-1997).  O presidente democrata sabia do alcance de sua afirmação: não havia em Hollywood, e não houve até o aparecimento de Tom Hanks, nenhum ator com melhor imagem de pureza e honestidade como James Stewart. Patriota ao extremo, como também mulherengo que era, se tornou um convicto MONOGÂMICO após se casar com a socialite Gloria Stewart e nunca mais foi visto na companhia de nenhuma outra mulher. Assim, diante desse anjo de candura e exemplo de bom-mocismo, James Stewart era RACISTA e DELATOR, tendo colaborado por livre e espontânea vontade com a caça às bruxas (entenda-se caça aos comunistas). Stewart foi informante direto do   FBI em sua época, que via em Hollywood comunistas escondidos até em recheios de pasteis.

Pesquisando sobre a vida do ator percebe-se claramente que,  o seu envolvimento com a DEDURAGEM afirmando que teria delatado apenas os comunistas mais notórios, tudo aquilo   se valia do ator e futuro presidente americano Ronald Reagan como garoto de recados para a entrega de seus dossiês.  A queda de Stewart para a delação “NASCEU COM BONS PROPÓSITOS” (se é que há propósito saudável num delator): o seu ideal era o de barrar a ascensão do crime organizado em Hollywood, como também o comunismo desembestado.  As atividades do ator como informante do FBI,  lhe custaram, inclusive, a perda da amizade de Henry Fonda – eles eram inseparáveis desde a juventude e chegaram a morar juntos numa fazenda em Hollywood. O FBI, de fato, investigava tudo e todos, e  não poupou sequer o seu próprio informante: também a vida de James Stewart foi vasculhada devido à boataria de seu suposto envolvimento homossexual com Henry Fonda(pai de Jane Fonda).


Voltando-se a sua atividade cinematográfica, James Stewart foi um dos atores mais queridos do cinema norte-americano e um dos favoritos dos fãs de faroestes. Mas, conforme nos confidencia o crítico de cinema Darci Fonseca,  Stewart poderia ter sido  qualquer coisa na vida, menos ator. Magro demais, desengonçado, parecendo tropeçar nas próprias pernas, porém pior do que a presença física de James Stewart era sua voz meio fanhosa parecendo ter um ovo quente na boca e gaguejando nervosamente. Pois foi com todos esses “DEFEITOS” que James Stewart venceu em Hollywood e pode-se afirmar que poucos atores participaram de um número tão grande de obras-primas e clássicos do cinema quanto ele.

Quando jovem James Stewart aprendeu a tocar acordeão, instrumento que fazia muito sucesso aqui no Brasil nos anos 50, época em que a RCA Victor praticamente só prensava discos de Luiz Gonzaga, “O REI DO BAIÃO”. Instrumento da moda, as moçoilas iam aos conservatórios musicais sonhando em serem novas Adelaide Chiozzo, atriz e acordeonista brasileira, estrela da Atlântida Cinematográfica e renomada cantora da Rádio Nacional. E que ninguém chamasse o acordeão de “SANFONA”, pois saía até briga... James Stewart nas horas vagas gostava de dedilhar seu acordeão e sonhava poder aparecer num filme tocando esse instrumento. A oportunidade surgiu com “A Passagem da Noite”, em que além de tocar, James Stewart se meteu a cantar também...

Em se tratando de filme faroeste, ninguém ganhou mais dinheiro que James Stewart nos anos 50, nem mesmo John Wayne, Gary Cooper ou Marlon Brando. A galinha dos ovos de ouro que  apareceu na vida de Stewart foi o filme  WINCHESTER 73, o western que mudou Hollywood. Em 1950 James Stewart estava com 42 anos de idade e há 15 anos no cinema. Stewart deu um cheque-mate nos donos dos estúdios, justamente com o western “Winchester 73”, mudando radicalmente o sistema de se fazer cinema. Analisando  a película cinematográfica, o Winchester 73 é um filme norte-americano passado em tempos áureos do velho-oeste, dirigido pelo consagrado diretor Anthony Mann que eu recomendo aos cinéfilos de bang bang.  O RIFLE Winchester 1873, o qual dá título ao filme, é mostrado como a melhor e mais desejada arma do faroeste. Um dos grandes westerns da história. A arma acaba se tornando um dos personagens. Vale a pena assisti-lo!!!

Por fimJames Stewart foi um aclamado ator americano de cinema, teatro e televisão. Atuou em inúmeros filmes considerados clássicos, e foi indicado a cinco prêmios de Oscar de Melhor Ator, ganhando em 1941 por seu papel em Núpcias de Escândalo. Além disso, recebeu um Oscar Honorário, em 1985, pela sua carreira. James Stewart foi casado com Gloria Stewart por 45 anos, ou seja, até 16/02/1994, quando ela veio a falecer. O casal teve duas filhas gêmeas, Kelly e Judy.  A morte da esposa fez com que sua vida deixasse de fazer sentido.  Ele começou, então, a sofrer uma série de problemas de saúde que culminaram com sua morte em julho de 1997 de embolia pulmonar, aos 89 anos de idade. Logo abaixo, assista ao vídeo de 2 minutos do filme original Winchester 73. 




O MACHÃO, RANDOLPH SCOTT, TAMBÉM ERA GAY





Por Altamir Pinheiro

Elegância, charme e talento são as palavras certas para definir o famoso ator   CARY GRANNT(1904 -1986), que se afastou do cinema em 1966. No entanto, a partir dos anos 1930, por 12 anos o ator, solteiro e um dos mais cobiçados da época, vivia numa mansão em Santa Monica, em Los Angeles, com RANDOLPH SCOTT, estrela de filmes faroestes. A residência ficou conhecida como a “MANSÃO DOS SOLTEIRÕES”. Em 1932, a Paramount fez 30 fotos deles dois  para divulgar a alegria da vida de solteiro que levavam. As imagens ambíguas da dupla, tratados pela imprensa como “O CASAL FELIZ”, os mostram na piscina, levantando pesos, fazendo cooper, jogando dama ou jantando à luz de velas... 

Antigamente ser VIADO era dose pra elefante. Numa época em que os direitos dos homossexuais não eram sequer discutidos, alguns atores foram obrigados a casar, como foram os casos de GRANNT & SCOTT passando a imagem de pessoas “ADEQUADAS” a uma sociedade religiosa e heterossexual (pelo menos diante dos holofotes). Os homossexuais envolvidos com o cinema na época áurea dos grandes estúdios viviam em pânico. O amor entre si desses dois grandes astros de hollywood era tamanho que, mesmo depois de casados com mulheres mantiveram diversos encontros. Ao saber do falecimento de Cary Grant, em 1986, o velho RANDOLPH SCOTT (com 88 anos de idade) compareceu ao velório antes da cremação, dirigiu-se ao caixão, pegou nas mãos do amado, beijou-as, colocou-as sobre sua cabeça, e chorou copiosamente. Em seguida retirou-se  em silêncio sepulcral  sem falar com a imprensa.  

Do seu lado artístico, apesar de suas qualidades, RANDOLPH SCOTT foi um ator mediano em comédias, dramas e em aventuras ocasionais, até se projetar nos WESTERNS, onde decididamente se consagrou como um dos maiores ícones americanos, entre 1940 até 1962, quando se despediu das telas com o filme “PISTOLEIROS DO ENTARDECER”, uma obra-prima com que fechou sua magnífica carreira. Sua personalidade artística alterou-se da figura calma para uma figura austera, de homem resistente, imponente, e duro como uma rocha. Conhecido pela virilidade que mostrava em seus filmes de velho-oeste, relacionou-se por um longo tempo com Cary Grant, mesmo depois de casado. 

Quando o assunto são os westerns de Randolph Scott é inevitável lembrar “SANTA FÉ”, faroeste de 1951. Santa Fé conta a história da construção  de uma ferrovia que tenta ligar o território do Kansas até a fronteira com o Estado do Colorado, num total de 300 milhas (480 quilômetros). Randolph Scott, apelidado de ‘’Rosto de Granito’’, nesse filme,  tem uma atuação que dele se espera, isto é, sóbria e convincente. Como diz o pesquisador de filmes de bang bang, Darci Fonseca: “Santa Fé” é um western que vale mesmo pela boa história, pelos cenários naturais bonitos, pela movimentação e pela presença de Randolph Scott, sempre motivo de satisfação num faroeste. 

Quando se trata de películas cinematográficas estreladas por RANDY, apelido carinhoso que se dava ao cawboy Randolph Scott,   só revendo  seus filmes. Pegar na prateleira, tirar o pó e curti-los!!! Nostalgicamente falando, Somente quem tem acima de 50 anos pode falar da esfuziante alegria que era frequentar as matinês domingueiras  e nelas assistir faroestes de Rocky Lane, Giuliano Gemma(Ringo),  Roy Rogers, Franco Nero(Django), além de Kirk Douglas e John Wayne e, como não poderia ser diferente,      trocar gibis e figurinhas na porta do cinema ou então, no término do filme, correr para o cartaz e ver se as cenas conferiam. Quem nunca bateu os pés no chão nas cenas de emoção não sabe o que perdeu!!!  O cinema parecia que iria cair e o pobre do guarda-civil e os vagalumes (lanterninhas) tentavam inutilmente acalmar a rapaziada. Na verdade, a TV nunca conseguiu substituir a emoção de ir ao cinema nas Jovens tardes de domingo; tantas alegrias; velhos tempos; belos dias... 

Voltando ao tema da homossexualidade de Randolph Scott, a história é
conhecida, mas não cansa recordá-la. Dois homens cheios de charme, em início de carreira, pretendidos por todas as mulheres e acabados de chegar à terra de todos os sonhos. HOLLYWOOD, 1932. Cary Grant tem 28 anos e Randolph Scott 34. Dá-se a coincidência de começarem a trabalhar quase ao mesmo tempo. Ficam amigos. Tão amigos que se tornam mais do que amigos e decidem ir viver juntos.  Cary Grant, considerado um dos melhores atores da história do cinema americano, e Randolph Scott, que ficou conhecido por protagonizar westerns realizados por Budd Boetticher no fim dos anos 50. aparecem unidos pela extremosa intimidade que em público sempre negaram. 

Não há como negar que continua sendo um acontecimento quando um astro de Hollywood decide proclamar sua homossexualidade. Mesmo que o assumido não seja da primeira grandeza de estrelas. Além disso, revistas de celebridades, colunas de fofoca, jornais, livros e filmes parece que decidiram tirar definitivamente do armário veteranos astros gays.  Muitos deles surpreendem, como o próprio  CARY GRANT (1904 - 1986)  - JAMES DEAN (1931 - 1955) - ROCK HUDSON (1925 - 1985) - RUDOLPH VALENTINO (1895 - 1926) – BURT LANCASTER (1913 - 1994) - RICHARD CHAMBERLAIN e RANDOLPH SCOTT (1898 - 1987). 

Assista ao vídeo de 4 minutos mostrando a "AMIZADE" do formidável  Cary Grant com o devastadoramente bonito Randolph Scott que foi notadamente bastante sincera, porém, perigosamente oprimida. Tanto antes, durante e depois dos sete casamentos que os dois tiveram  com mulheres. As fotos usadas neste vídeo são apenas algumas das muitas que existem, onde é tão claro que eram muito mais do que apenas "COLEGAS DE QUARTO". É óbvio que eles compartilharam um grande amor e chegaram a ser o casal mais fisicamente lindo na história de Hollywood"... 
https://www.youtube.com/watch?v=AO386zSHHMM


segunda-feira, 27 de novembro de 2017

ROCK HUDSON, O CAWBOY GAY QUE MORREU DE AIDS

  

Por Altamir Pinheiro


Como afirma o jornalista Antonio Nahud,  ROCK HUDSON não era bom ator, mas tinha carisma e bela estampa. Moreno, muito alto (1,93 m), másculo, belo corpo e voz viril, ele estava acima de qualquer suspeita, ocultando habilmente suas inclinações sexuais. No começo de sua carreira, logo passou a receber uma média de cento e cinquenta propostas de casamento por semana. As revistas de cinema não paravam de perguntar: “QUANDO ROCK ESCOLHERÁ UMA NOIVA?!?!?!”. Isso o tornou cuidadoso. Passou a encarnar o herói romântico e sua carreira terminaria se o público tivesse a mais leve suspeita de sua homossexualidade. 

Na verdade, ROCK HUDSON não era um péssimo ator, mas em westerns, apesar de ser alto e forte, ele parece se perder um pouco. Ele sempre foi muito bom em filmes urbanos, comédias, ou filmes de aventura. Descreveremos aqui, uma relação dos  melhores filmes de Rock Hudson: ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE (1956), com Elizabeth Taylor e James Dean; E O SANGUE SEMEOU A TERRA (1952), com James Stewarc; CONFIDENCIAS A MEIA-NOITE (1959). Com Doris Day; PALAVRAS AO VENTO(1956), com Dorothy Malone; VOLTA, MEU AMOR (1961), com Doris Day; QUANDO SETEMBRO VIER (1961), com Gina Lollobrigida e O ÚLTIMO PÔR-DO-SOL (1961), ótimo faroeste com Kirk Douglas e Dorothy Malone. Aliás, o cantor e compositor pernambucano, LENINE, é autor de uma música intitulada o Último-Pôr-do-Sol

Nos anos 50 e 60, Rock Hudson era o perfeito galã de Hollywood. Fortão e atlético, ele tinha um sorriso doce que mostrava certa vulnerabilidade. As mulheres o amavam loucamente. O segredo de que ele era gay era guardado a sete chaves num momento em que seria um suicídio profissional sair do armário. A maioria dos americanos só soube que ele gay quando Hudson morreu, em 1985. 

Ele necessitava de sexo diariamente e não apreciava sujeitos masculinos, de preferência bissexuais. Enquanto isso, seus filmes destacavam seu vigoroso físico. As publicações estampavam fotos suas dedicando-se a tarefas típicas masculinas, entre elas lavando seu conversível vermelho. Sem camisa, obviamente, para exibir o formoso tronco. Liz Taylor admitiu que, durante as filmagens de “Assim Caminha a Humanidade”, sentiu-se atraída por ele. Foi inútil, ele preferiu cair nos braços de James Dean. 

Na década de 1950, Quando a revista “CONFIDENTIAL” passou a farejar a vida privada do astro, o estúdio resolveu casá-lo urgentemente. A escolhida, uma tímida e ingênua secretária aspirante a atriz, Phyllis Gates, não tinha a menor ideia da farsa, apenas se deliciava com a possibilidade de ser a esposa do homem que todas as mulheres cobiçavam. Pelo bem da carreira, ele aguentou o máximo que pode, mas o casamento só durou três anos. 

Rock teve inúmeros parceiros e frequentava discretas festas exclusivamente
masculinas, principalmente aquelas em que não conhecia quase ninguém. Com o declínio, a partir dos anos 1970, ele direcionou toda a sua energia para o sexo. Nas suas festas enchia a piscina com dezenas de belos jovens, nus e bronzeados. “Os louros são os SCOTT e os morenos são os GRANT”, dizia aos raros convidados. Ninguém desconhecia o famoso romance entre os atores Randolph Scott e Cary Grant. 

Maior galã de Hollywood nos anos 50, o astro manteve sua homossexualidade em segredo, mas mudou a consciência da América sobre a epidemia de HIV ao revelar seu diagnóstico. Na oportunidade, década de 1980, um médico francês foi quem tratou da sua doença. O ator tinha perdido 35 quilos e estava tão fragilizado que a única maneira de voltar para casa era num voo direto de Paris para os Estados Unidos. Nenhuma companhia aérea queria aceitá-lo como passageiro. A Air France cobrou 250.000 dólares para levá-lo para casa em um 747. 

O livro ‘’A VIDA SEXUAL DOS ÍDOLOS DE HOLLYWOOD’’ relata que,  Nesta época que apareceram os primeiros sintomas de que sua saúde não estava bem. Logo descobriu a Aids. Quando foi revelado sua doença, o mundo ficou estupefato. No entanto, morreu cercado de amigos, entre eles, Elizabeth Taylor. Depois da sua morte, o seu ex amante foi aos tribunais, alegando que o ator fazia sexo com ele sabendo que podia contaminá-lo. Ganhou a causa, embolsando 14,5 milhões de dólares.

A Aids era tão estigmatizada que os doentes se sentiam abandonados. Tudo o que eles queriam era um sinal de esperança, e ela veio com a declaração de Hudson. Foi o evento que iniciou no país a consciência da epidemia de HIV. Ele foi corajoso e deixou que o seu diagnóstico mudasse a face da Aids. Diante dessa fatalidade há que se lamentar sua partida tão cedo vitima desta doença miserável.

Assistam ao vídeo da LUTA CONTRA À  MORTE  desses três monstros sagrados do faroeste norte-americano que encantaram plateias do mundo inteiro: Rock Hudson, John Wayne  e Yul Brynner, donde, todos os três morreram de câncer. Isso é o que podemos chamar de,  A ARTE IMITA A VIDA...


https://www.youtube.com/watch?v=C9Y2l1rOn9s


ELI WALLACH, UM CAWBOY EM CONFLITO




Por Altamir Pinheiro

ACREDITE SE QUISER!!! Eli Wallach que viveu durante 98 anos foi um dos atores mais produtivos de Hollywood e se manteve em atividade até completar 90 anos, trabalhando em filmes como "Wall Street: o dinheiro nunca dorme", de 2010. Em seus mais de 150 papéis, WALLACH, trabalhou ao lado de figuras como Michael Douglas, Omar Sharif, Clint Eastwood, John Ford, Clark Gable, John Huston, Sergio Leone, Marilyn Monroe, Al Pacino, Gregory Peck e tantos astros e estrelas daquele famoso club hollywoodyano. Com o diretor Sergio Leone, conseguiu ficar famoso no mundo todo após protagonizar "TRÊS HOMENS EM CONFLITO", no qual interpretou o bandido mexicano Tuco, que acompanhava Clint Eastwood e Lee Van Cleef, no longa que inaugurou o gênero ‘'spaguetti-western’'.


Eli Wallach foi uma das lendas do faroeste americano. Ao longo de mais de cinco décadas no cinema, Wallach atuou em diversos filmes importantes: O Poderoso Chefão 3, Os Desajustados, Como Roubar um Milhão de Dólares e A Conquista do Oeste foram alguns deles. O ator ficou marcado por personagens interpretados em dois ícones do faroeste: TRÊS HOMENS EM CONFLITO – 1966 - (Personagem: TUCO, o feio)  e SETE HOMENS E UM DESTINO – 1960 - (Personagem: o bandido  CALVERA).    Embora tenha participado em mais de uma centena de filmes, porém, nunca recebeu uma indicação ao Oscar. Em 2010, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas concedeu um premio honorário ao ator.  


O historiador, pesquisador e cinéfilo  de filmes faroestes, o paulista Darci Fonseca, escreveu um artigo fenomenal intitulado DOIS HOMENS E UM DESTINO a respeito do excelente ator Eli Wallach e o excepcional diretor Sergio Leone. POIS BEM!!! Não confundam com um dos filmes de maior sucesso da carreira de Eli Wallach que foi “TRÊS HOMENS EM CONFLITO” (Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo), que deu início à amizade do ator novaiorquino com o diretor Italiano Sergio Leone.  Eli chegou a declarar que depois de muito atuar na Broadway, rendeu-se ao personalíssimo ‘MÉTODO LEONE’ de atuar.

VAMOS AOS FATOS: A amizade perdurou por vários anos e Sergio Leone disse a Eli que tinha um grande projeto em mente que era rodar uma nova trilogia com um dos filmes nos Estados Unidos, ambientado em Nova York. Eli que nascera e crescera no Brooklyn,  filho de judeus poloneses, fez questão de ciceronear Leone, levando-o para conhecer a casa onde morara (na Union Street n.º 166), a escola em que estudara e outros locais. Leone fotografou esses lugares e nunca mais esqueceu deles, tanto que o referido filme que se chamou “ERA UMA VEZ NA AMÉRICA” e que viria a ser filmado em 1983 teve muitas de suas externas onde Eli Wallach vivera.  Porém Eli NÃO participou desse filme porque ele e Sergio Leone deixaram de ser amigos muito antes, mais exatamente em 1970.

Eli estava na Itália quando recebeu um telefonema de Sergio Leone que queria conversar com ele. No encontro Leone agradeceu ao amigo Eli por este ter ajudado o grande ator HENRY FONDA a aceitar atuar em “ERA UMA VEZ NO OESTE”.  Quando foi convidado para trabalhar com o diretor italiano, Fonda nunca havia ouvido falar de Leone uma vez que a famosa trilogia com Clint Eastwood só foi exibida nos Estados Unidos em 1967. Henry Fonda procurou Eli Wallach e lhe perguntou sobre Leone. Eli disse maravilhas do amigo italiano, afirmando que Fonda não se arrependeria de ser dirigido por ele.

Daí, Leone então falou a Eli sobre seu novo filme que se chamaria “GIÙ LA TESTA”, dizendo a ele que o papel principal do personagem ‘’JUAN MIRANDA’’ seria dele. Durante toda a conversa Leone se referia a esse western como "O NOSSO FILME”. Eli então lembrou a Sergio que ele já havia assumido um compromisso para trabalhar num filme ao lado de Jean-Paul Belmondo. Leone retrucou dizendo que "O NOSSO FILME" “Giù la Testa” seria muito mais importante, produzido pela United Artists, com distribuição no mundo todo e com grande campanha publicitária, isto porque o nome de Leone vinha sendo tão aclamado quanto o de Federico Fellini.

Eli Wallach então rompeu o contrato que havia assumido com o produtor francês para o filme com Belmondo. Quando Eli falou novamente com Leone, por telefone, sobre o início das filmagens, o diretor disse ao ator que a United Artists havia bancado a maior parte do dinheiro para o filme, tornando-se o estúdio sócio majoritário na produção. Leone prosseguiu dizendo que quando apresentou o elenco com o nome de Eli Wallach no papel principal, os executivos da United Artists disseram que Leone teria que utilizar Rod Steiger para interpretar ‘'Juan Miranda'’.


Na verdade, Steiger, o ator que veio a barrar Eli wallach  devia um filme para a United Artists de um contrato ainda em vigência. Leone tentou explicar que insistiu com o nome de ELI WALLACH mas que a United Artists estava irredutível, ainda mais porque Rod Steiger era um nome mais forte nas bilheterias e havia ganhado um Oscar dois anos antes com "No Calor da Noite". Eli Wallach então disse a Leone que o diretor lhe devia uma compensação financeira pois ele acabara perdendo dois trabalhos. Leone respondeu que não poderia fazer nada quanto a isso e Eli então foi taxativo: "SERGIO, VOU PROCESSAR VOCÊ!!!" Leone bateu o telefone e eles nunca mais voltaram a se falar.


Eis o que disse o analista cinematográfico, Jurandir Lima, sob este delicado episódio entre OS DOIS HOMENS EM CONFLITO por questões contratuais: ‘’Eli Wallach se sentiu golpeado com a novidade que o Leone lhe trouxe. Foi uma pancada sim, porém o fato, olhado pelo lado do Wallach, poderia ser absorvido de maneira menos drástica, já que o diretor estava nas mãos do Estúdio e nada poderia ter feito contra a determinação de tamanha força.
Romper uma relação de anos por algo que um homem sozinho não teria poder para alterar foi, no minimo, uma insensatez. Com todo o respeito e valor que dou ao Wallach por ser o ator que é. Ademais, o personagem  TUCO, que nasceu do diretor Leone e deu mais velocidade a carreira de Wallach, foi um premio para o ator, que ficou internacionalmente muito mais famoso e, com isto, angariou muitos novos trabalhos’’...


Lamentando-se de todo o acontecido ou do TRATO ROMPIDO entre os dois, os fãs de Wallach são da opinião que,  Leone poderia ter feito mais força para que os executivos da United aceitassem Eli Wallach no lugar de Steiger. Ele possuía personalidade e prestígio para tanto. Mas... Fazer o quê?!?!?! Agora, para os fãs de faroestes Eli Wallach será sempre o brilhante ator que interpretou os inesquecíveis bandidos de "Sete Homens e Um Destino" e "Três Homens em Conflito". Parabéns, Eli '’Tuco-Calvera’' Wallach!!!


Logo abaixo, assista ao vídeo de apenas 6 minutos do final de “TRÊS HOMENS EM CONFLITO”  da cena impecável pelo suspense, pela música, pelos atores e pelo cenário, donde, espetacular duelo, você se sente o quarto na ação, pois  tamanha é  à  tenção dessa obra de arte. Essa belíssima e perfeita  cena está entre um dos maiores momentos da história  das películas cinematográficas da modalidade faroeste.


https://www.youtube.com/watch?v=UyHm2XeUY2M

DIRETOR SERGIO LEONE e ATOR ELI WALLACH

GARY COOPER, O VAQUEIRO MAIS ELEGANTE DO VELHO OESTE


Por Altamir Pinheiro

Chic, sofisticado, sexy, enigmático... Assim era Gary Cooper. 

Como diz o pesquisador da Sétima Arte,  Paulo Telles,  Gary Cooper estava longe de ser um grande ator pela crítica, mas esta o respeitava porque ele tinha, realmente, uma presença enigmática e sofisticada. Exercia admiração tanto por parte do público feminino quanto pelos homens, que chegavam a declarar que queriam ser como ele. Gary Cooper era o herói ideal de uma Hollywood que não mais existe.

Gary Cooper é, até hoje, mesmo para os mais jovens um ícone interessante, pois em qualquer época sua galanteria e sua beleza estão em evidência, e nunca caem de moda. Gary é admirado pelas mulheres como um dos mais belos homens do cinema, mas sua beleza não era apenas exterior. Seu modo de proceder era o exemplar que jamais interpretou em seus filmes algum papel de vilão. Quando existem fãs após sua geração e que continuam a se perpetuar, esteja certo que o mito esta mais vivo do que nunca, e jamais morrerá!!!

Ele sempre se posicionou como um ator em oposição ao exagero, ao excessivo. O seu tipo de atuação era composto por formas simples e por poucas cores, o que não quer dizer que não fosse um bom ator, mas ele tinha um único estilo (tal qual John Wayne), o padrão de herói americano por excelência, ideal este que ele representava como ninguém nas telas. Contudo, um ator deve fazer de tudo (ou quase), seja na ação e na interpretação em si, afinal em sua grande parte, vimos Burt Lancaster, Lee Marvin, Charlton Heston, Kirk Douglas, entre tantos, atuarem de forma ativa em todas as fitas que cada um participou. Se notar, cada um deles personificou heróis e vilões, o que não era o caso do bonitão  Gary Cooper.

O pesquisador Eddie Lancaster faz uma trajetória de Gary Cooper ao afirmar que ele  começou sua carreira, ainda no cinema silencioso, participando como extra de vários filmes mormente nos westerns, fazendo papel até de índio por ser um grande cavaleiro. Gary projetava na tela e incorporava a figura do americano ideal: um cavalheiro, alto, bonito, de fala mansa, com inabalável integridade, vencendo as adversidades a despeito das possibilidades contrárias ou situação critica. Por isso muitos o consideravam o maior dos atores e outros, entretanto, se referiam a ele apenas como um astro de personalidade marcante, nada mais, especialmente durante o período de sua maior atividade, de 1935 a 1945.

A linha indecisa que separava Gary  Cooper de John Wayne era definitivamente suas ideologias políticas, muito embora fossem republicanos, no entanto Cooper era mais MODERADO, e Wayne, RADICAL. Cooper foi um cavaleiro e NOBRE perante a comissão de Atividades Anti-Americanas, e tal depoimento foi filmado, onde vemos Gary declarar que não existia nenhum movimento comunista em Hollywood e quando foi perguntado se conhecia algum comunista, ele alegou que não – não entregou ninguém e manteve uma dignidade ímpar até o fim. Wayne e Cooper foram amigos, e sabemos que lidar com o Duke não era fácil. Mas Wayne não se importou em RECEBER PARA O AMIGO o Oscar ganho por MATAR OU MORRER, já que Gary filmava SANGUE NA TERRA no México. MATAR OU MORRER uma das primeiras escolhas foi justamente Wayne para o papel de Will Kane, mas tão logo leu o script não gostou e recusou, pois não era de sua índole um homem pedir por socorro.

Na filmografia de GARY COOPER constam clássicos arrebatadores como Matar ou Morrer(1952) com o feioso Lee Van Cleef e a encantadora  Grace Kelly; neste mesmo ano ele filma Renegado Heroico; outro clássico de Gary surgiu em 1954, um filme polêmico em seu conteúdo, até porque Gary Cooper contracena com o excelente Burt Lancaster, trata-se de, VERA CRUZ, A película possui grandes estrelas dos westerns norte-americanos e influenciou muitos filmes do gênero, que ainda viriam a dar as caras num futuro próximo, como Sete Homens e um Destino (John Sturges), Três Homens em Conflito (Sergio Leone) e Meu Ódio Será tua Herança (Sam Peckinpah). 

No ano de 1958 aparece o filme O Homem do Oeste. Enfim, um western de qualidade, com um fundo até melancólico e violento, mas um retrato do que foi aquela parte do país Americano. O Homem do Oeste tornou-se em um dos seus mais marcantes trabalhos. Mesmo porque foi uma obra dirigida pelo grande ANTHONY MANN, diretor que fez grandes clássicos do cinema, como por exemplo; O Preço de um Homem, Whinchester 73, O Homem dos Olhos Frios, E O Sangue Semeou a Terra, dentre outros. Mann parece que deu um presente a Cooper, que andava muito adoentado do mal que lhe tirou a vida, proporcionando ao grande ator uma de suas melhores interpretações.

Cooper que tinha 1,91 de altura estreou no cinema Entre 1925 e 1926, Começava, assim, uma carreira vitoriosa de cerca de 100 filmes, até sua morte aos 60 anos de idade, de câncer.  Gary Cooper recebeu dois Oscars de Melhor Ator por seus desempenhos em "Sargento York" e "Matar ou Morrer".  Adicionalmente, foi indicado ao Oscar por suas atuações em mais dois e o lendário filme "POR QUEM OS SINOS DOBRAM".  Em 1961, pouco antes de sua morte, recebeu ainda da Academia de Hollywood um Prêmio Especial pelo conjunto de sua obra.  Não podendo comparecer à cerimônia, James Stewart o aceitou em seu nome.  Ao contrário da maioria dos atores e atrizes que colecionam casamentos, Gary Cooper casou-se apenas uma vez, em 15 de dezembro de 1933, com Sandra Shaw, com quem viveu até o dia de sua morte.  O casal teve uma filha, Maria Cooper.


Apesar de ter sido casado durante todo esse tempo, o ator ficou famoso pela sua extensa lista de amantes ao longo do casamento. Em 1960 fez duas cirurgias para retirada de câncer de próstata e em seguida no cólon. Os médicos acreditavam que ele estava curado, até que em 1961, quando estava filmando na Inglaterra, o ator começou a sentir fortes dores no pescoço e no ombro e após uma consulta descobriu que o câncer havia se espalhado para o pulmão e os ossos.