domingo, 2 de fevereiro de 2014

DILMA GOVERNA O PAÍS SOB O LASTRO DAS MORDOMIAS NOJENTAS E REGALIAS ABSURDAS.


Antonio Temóteo / Bárbara Nascimento / Victor Martins -
Ao trocar as belezas naturais do Rio de Janeiro pelo cenário moderno de Brasília, um recém-comissionado do governo não imaginava que receberia tanto dinheiro. Na mudança para a capital federal, além das passagens aéreas e da mudança bancadas pelos cofres públicos, recebeu ajuda de custo equivalente a três meses do novo salário, uma para ele, outras duas para a mulher e o filho menor de idade. Embolsou, livres de qualquer imposto, R$ 54 mil. Dois meses depois, com a demissão do chefe que o convidou para o cargo, acabou dispensado. Sem alternativa e decepcionado, retornou ao Rio. Mas, para surpresa dele, não só teve os bilhetes aéreos e o transporte pagos novamente pelo governo, como ainda recebeu mais R$ 54 mil de ajuda de custo. Nesse curto período, engordou a conta bancária em R$ 108 mil. Um dinheiro extra sempre é bem-vindo. Mas o ex-comissionado se perguntou: "REALMENTE TENHO DIREITO A ESSES BENEFÍCIOS, AINDA QUE A LEI OS PREVEJA? A DECISÃO DE MUDAR DE CIDADE FOI MINHA. NO MÁXIMO, AS PASSAGENS AÉREAS E O GASTO COM O TRANSPORTE DOS MÓVEIS DE CASA SÃO JUSTIFICÁVEIS. MAS AJUDA DE CUSTO PARA MIM, MINHA MULHER E MEUS FILHOS JÁ FOI DEMAIS. Receber R$ 108 mil em dois meses passou da conta", ressalta ele, que não quer se identificar, temendo represálias. "NO POUCO TEMPO QUE PERMANECI EM BRASÍLIA, FICOU A IMPRESSÃO DE QUE AS PESSOAS DO GOVERNO ACREDITAM QUE O DINHEIRO DO CONTRIBUINTE É CAPIM, NASCE EM QUALQUER LUGAR", afirma. A gastança com as benesses do alto escalão da corte brasiliense espanta gestores públicos de países mais civilizados. Carros, voos executivos, almoços e jantares nos melhores restaurantes, internet e telefones ilimitados podem ser obtidos facilmente quando se entra nesse mundo. A depender do degrau alcançado na escada do poder público, quase tudo é possível. Parte das mordomias atende também o funcionalismo do segundo e terceiro escalões. Não à toa, apenas no ano passado, Executivo, Judiciário e Legislativo consumiram em toda sorte de benesses R$ 10,7 bilhões. Essa, no entanto, é a parte visível da farra com o dinheiro do contribuinte.

TRANSPARÊNCIA

Muitas despesas da Presidência da República, de ministros, de parlamentares e de juízes não são abertas sob a alegação de segurança nacional. Mas a falta de transparência estimula os abusos. "A democracia não tem preço, mas tem um custo elevado, que sempre pode ser reduzido com austeridade e bom senso", observa Gil Castelo Branco, coordenador da organização não governamental Contas Abertas. "Há muito se prega o enxugamento da máquina pública, que se diminuam as despesas com a burocracia a fim de que sobrem recursos para áreas essenciais, como saúde, educação e segurança", afirma. "O que vemos é exatamente o contrário. Uma máquina cada vez mais inchada, pesada e cheia de privilégios", emenda.

EXAGEROS

O inchaço começa pela nomeação de apadrinhados políticos – cabos eleitorais e candidatos derrotados em eleições –, que usufruem da maior parcela das benesses da corte. Dependendo da graduação do DAS, como se denomina a função desse grupo, eles têm carro à disposição que, mesmo contrariando a lei, leva os filhos para a escola, auxílio- moradia e, claro, a ajuda de custo de até três salários quando chegam e quando saem de Brasília. Em 2013, somente com salários, os DAS custaram quase R$ 1 bilhão ao contribuinte. Já as despesas com pessoal requisitado absorveram R$ 615,3 milhões.

PORTA ABERTA

A quantidade de ministérios no governo Dilma Rousseff, 39 no total, facilita a propagação das benesses. Com apenas 18, no entender de especialistas, o país seria perfeitamente governável. As alianças políticas, no entanto, obrigam a existência dessa profusão de ministros e cada um, a depender da quantidade de viagens e uso de auxílio-moradia, pode custar de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões por ano. "Tal situação impacta muito mais pelo exemplo negativo do que pelo efeito no Orçamento. Infelizmente, junto com os ministros vão os apadrinhados, que abusam dos cargos de DAS", analisa Marcos Troyjo, professor na Universidade Columbia, em Nova York. Apesar de parte das benesses da corte ser visível, a gastança só se torna gritante quando se descobre que a presidente Dilma torrou mais de meio milhão de reais com uma comitiva numa viagem.(Fonte: Jornal o Estado de Minas).


 

 

 

 


 

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